31 agosto, 2017

A IMPUNIDADE DO REGIME.


A impunidade do Clube do Regime foi mais uma vez demonstrada esta semana com o arquivamento do processo contra Eliseu por parte do Conselho de Disciplina. Para quem ouviu os cartilheiros na passada Segunda-Feira nos seus respetivos programas, a decisão acaba por não surpreender pois só faltou pedirem uma condecoração no próximo 10 de Junho para o Dr. Meirim, Presidente do Conselho de Disciplina. Tendo em conta aquilo que sabemos sobre a promiscuidade existente entre os Órgãos do Futebol Português e os de Carnide, também não é de surpreender que tais figuras já soubessem de antemão qual a decisão que seria anunciada no dia seguinte.

Uma condecoração no 10 de Junho para Eliseu foi também apenas aquilo que faltou ser deliberado pelo mesmo Conselho de Disciplina, depois do parecer pedido ao Sr. Vasco Santos, VideoÁrbitro da Partida, onde este senhor foi capaz de dizer que visionou perfeitamente o lance e que não lhe pareceu tratar-se de uma conduta violenta. É preciso não ter um pingo de vergonha na cara para se tecer uma consideração dessas, mas não é nada que seja de admirar por parte de um dos Padres Ordenados pelo Regime que pauta sempre as suas avaliações, dentro e também fora de campo, ao sabor dos interesses do clube para o qual é um lacaio.

Mas, como disse no início, isto é apenas mais um exemplo da forma como esse clube se coloca sempre acima da lei e Eliseu pode ser considerado uma das bandeiras dessa mesma impunidade. Desde que regressou a Portugal para alinhar no seu atual clube que agride colegas de profissão com pisadelas, cotoveladas e joelhadas sem que alguma vez tenha sido sequer expulso. Além de que esse pulha consegue proezas como a de Sábado à noite em Vila do Conde onde, com jogadas passíveis até de amostragem de vermelho direto, terminou a partida sem sequer ver um amarelo.

Também ficamos a conhecer esta semana, através do nosso Diretor de Comunicação Francisco J.Marques, mais uma das ligações do Polvo Vermelho. Bruno Paixão, ou Miguel Duarte, é um árbitro que tem feito carreira a prejudicar o FC Porto e a beneficiar o Regime. Todos nos lembrámos da escandaleira de Campo Maior, ou da única derrota de Vitor Pereira em 60 jogos do Campeonato Nacional onde esse senhor teve papel preponderante numa vergonhosa arbitragem em Barcelos. Se, na minha opinião, como todo este histórico Paixão não teria condições nenhumas para arbitrar jogos dos concorrentes diretos ao Título, depois destas revelações (que não foram desmentidas mesmo depois do próprio ter feito um Post no seu Facebook) este senhor não pode continuar a dirigir partidas de Futebol, tal como todos os outros Padres controlados pelo regime, embora alguns deles ainda andem ai a tentar, e a conseguir, desvirtuar resultados desportivos em favor de quem neles manda.

Quanto a nós, continuamos no bom caminho. Escrevo ainda sem saber qual o desfecho da Janela de Transferências, ainda assim, os sinais dados até ao momento, assim como os resultados, não poderiam ser melhores. Obviamente há uma ou outra posição que poderia ser reforçada, no entanto, caso não saia ninguém das pedras principais, estou em crer que temos um plantel bem preparado para enfrentar todas as Competições em que estamos inseridos.

Uma palavra para o mar de apoio que tem acompanhado o FC Porto desde o início da Temporada. Espero que todo este ambiente positivo em torno da Equipa se possa manter ao longo de toda a Época, independentemente de podermos ter um deslize ou outro como é normal. É muito importante mantermos esta fantástica comunhão entre Equipa e Adeptos, pois ela será, sem sombra de dúvidas, uma das bases do sucesso que todos esperamos ter em 2017/2018.

Um abraço Azul e Branco,
Pedro Ferreira

30 agosto, 2017

UM FC PORTO QUE DÁ GOZO!


Neste meu regresso pós-férias às lides bloguísticas irei fazer um exercício um pouco diferente do habitual. Ao invés de pegar num tema, enquadrá-lo e desenvolvê-lo conforme normalmente faço nestes meus textos, vou simplesmente partilhar uns pensamentos soltos, uma vez que mesmo com a alma cada vez mais quente os motores ainda estão frios para exercícios mais elaborados. E então cá vamos:
  • Se já tinha essa expectativa desde a sua escolha o jogo de Braga trouxe-me um fortíssimo feeling que temos treinador. O Sérgio Conceição para já pode não ter feito mais do que um Paulo Fonseca em termos de resultados mas ter um timoneiro que sabe ler o que o jogo precisa, que mexe consoante as necessidades e não por dogmas, que no final fala dos jogos que todos vimos e não de uma qualquer realidade paralela que só aconteceu na sua cabeça e que não se deixa inebriar porque está a treinar o Casillas como o outro com o Lucho só pode querer dizer algo de bom. É muito cedo porque ainda nem tivemos um deslize para ver de que massa é feito? Claro que sim, mas este é o meu feeling e feelings não se discutem!

  • Provavelmente o mercado ainda terá reforços mas dá-me um enorme gozo em ver os mouros e companhia a ridicularizarem a falta de contratações no FC Porto. Coitados, ao fim destes anos todos ainda não perceberam que infelizmente para nós parece que quanto maior é a folga maiores as asneiras? Foi assim no pós Penta (Argeis, Alessandros e Rúbens Junior, entre outros craques com o dinheiro inicial da SAD…), foi assim na ressaca de Gelsenkirchen ou durante o tetra de 2006-2009, em que enchíamos o plantel de gente que não serviu para absolutamente nada. Não devíamos ter chegado ao ponto da UEFA ter alguma coisa a dizer sobre a forma como somos geridos? Não. Mas se é este o preço a pagar para voltarmos a ter alguma racionalidade no Clube sinceramente é para o lado que durmo melhor!

  • “Somos menos, com menos meios e temos telhados de vidro, não podemos contra-atacar com eficácia, eles desmontam-nos logo…” dizia-me alguém com algum peso no FC Porto há uns anos. Bullshit! Se há coisa que os últimos meses mostram é que não há um FC Porto a sério sem o espírito de luta, sejam quais forem os adversários ou os riscos que possamos correr. Acham que o “Mar Azul” surge apenas pelo que se passa nos relvados? Pela adoração à direcção do Clube? Pela confiança em jogadores e treinador? O tanas, tudo isto acontece desde o final de 2016 porque finalmente temos razões e gosto em ir à luta, já que deixamos de ver as cúpulas do Clube a terem uma postura de “mansos”, de quem tudo come e tudo cala. E afinal somos muitos mais do que alguns “estrategas” pensavam, já que pelo que temos visto até temos algum impacto neste Portugalzinho! E no meio de toda a surpresa e desabituação os lá em baixo até tremem, porque o que o Francisco J. Marques, o Universo Porto e todos nós estamos a fazer é aquilo que todos os Portistas são obrigados a fazer até ao final dos seus dias sob pena de nunca mais voltarmos a ganhar nada de jeito: não dar tréguas a ninguém, custe o que custar, porque enquanto vivermos neste país profundamente centralista e de provincianos emigrados deslumbrados na capital nada funcionará verdadeiramente bem nem no Futebol nem no resto da sociedade!

  • É tão bonito ver os novos projectos de defesa do Clube a brotar quase todos os meses, a juntarem-se aos que fizeram a tão penosa “travessia do deserto” pós Apito Dourado… Ver tanta gente a dar a cara nas redes sociais para expor o Polvo ao ridículo da sua existência e dos seus procedimentos supostamente invencíveis… E no meio disto tudo ainda se podem achar com sorte: se o nosso Presidente tivesse menos 20 anos então é que eles iam levar tantas que nem em 10 anos se levantariam!
E está partilhado o essencial, que é hora de ver se o “There will be blood” do Francisco J. Marques era a sério ou era só mesmo para os pôr a tremer umas horas…

Mas aconteça o que acontecer um coisa é certa: poucas coisas nos dão mais gozo do que ter deixado de ser o alvo fácil e ter passado ao ataque, seja no campo ou fora dele, como nos bons velhos tempos!

27 agosto, 2017

APROVADO COM DISTINÇÃO.


BRAGA-FC PORTO, 0-1

Antes da 4ª Jornada, a crítica e o “zé da bola” estavam permanentemente a debitar que o FC Porto, esta época, ainda não tinha tido um verdadeiro teste para aferir a qualidade da equipa.

Esperavam que o primeiro teste em Braga viesse a revelar as verdadeiras fragilidades da equipa. Uns já esfregavam as mãos de contentes e outros estavam a afiar as facas para trucidar jogadores e equipa. Quem são tais figuras? Os mesmos de sempre.

São aqueles que nos querem sempre mal. Mas há outros que ainda são piores: os dissimulados que aparecem em algumas das bancadas do Dragão e os que estão sempre com a caneta na mão.


Enganaram-se e tiveram que guardar as suas ferramentas para outra oportunidade. Este é um FC Porto a caminhar para a fase adulta. Com muito para crescer, a equipa mostra bons pormenores, alguma maturidade e gestão correcta do jogo.

É certo que detectamos facilmente fragilidades na equipa mas o Dragão também tem coisas boas. E uma delas é ter tido a capacidade de aproveitar o que de bom foi feito na época passada. Mas com pormenores importantes: melhorou e acrescentou metros no relvado.

A atitude e a postura da equipa são diferentes. Os jogadores são os mesmos mas o toque de midas do técnico faz a diferença. Sérgio Conceição, pois claro! A ele se deve o upgrade operado neste naipe de jogadores.

Frente ao Sp. Braga, uma equipa tradicionalmente difícil, timbrada para conquistar o 4º lugar e, quiçá, beliscar os três grandes, o FC Porto teve uma entrada muito bem conseguida e triunfante.



O Dragão entrou fortíssimo. Aos 7 minutos estava na frente do marcador, num lance de génio de Corona. O mexicano interceptou uma bola junto à entrada da área, picou-a por cima de Sequeira e de primeira fez o resultado do jogo.

Se estivéssemos na época passada, esta equipa com o outro timoneiro, teria logo recuado no terreno e tentaria controlar o jogo longe da baliza adversária. Mas o actual Porto jamais tem essa postura. O chip mudou completamente. Sérgio Conceição jamais se dá por satisfeito e exige mais à equipa. Sempre mais!

As oportunidades surgiram em catadupa. Brahimi, Aboubakar e Felipe desperdiçaram no mesmo lance a baliza de Matheus e pouco depois, Marega rematou contra a cabeça do guardião contrário. Por outro lado, viu-se um Brahimi endiabrado e sempre carregado com faltas para cartolinas que ficaram no bolso do sabujo de serviço.

Foi esta a maior pecha no jogo dos azuis-e-brancos. O desperdício em frente à baliza. Na hora de rematar, os jogadores terão, no futuro, que ser mais eficazes para evitar passar por momentos complicados. O FC Porto não marcou e o Sp. Braga começou a ganhar confiança.


Subiu no terreno e causou algum perigo junto da baliza de Casillas. No entanto, o golo nunca esteve iminente, longe disso. Foram apenas dois momentos de algum perigo para a baliza dos Dragões.

Na etapa complementar, seria importante que o FC Porto tivesse uma boa entrada tal como na etapa inicial. Corona foi substituído por Otávio mas os portistas não precisaram de carregar muito no acelerador.

O Sp. Braga acusou o desgaste físico e os portistas tiveram oportunidades de “matar” o jogo por mais do que uma vez. Aboubakar, desmarcado por Danilo, surgiu isolado à entrada da área e rematou escandalosamente ao lado e, pouco depois, Alex Telles, numa iniciativa individual, enviou uma bola ao poste. Registo ainda para um livre muito bem ensaiado no início da segunda parte que não deu o 2-0 a Otávio por muito pouco.

Sérgio Conceição esteve muito bem na gestão da equipa e nas substituições. Colocou A. André e Herrera no meio-campo, de forma a controlar o jogo, tirando Óliver (desgastado) e Brahimi (em decréscimo).


O jogo terminou com o FC Porto a controlar perfeitamente o jogo e a bola frente a um Sp. Braga a querer fazer mais mas a não ter condições para fazer melhor.

Assim vai o Dragão. Com 4 jogos, o FC Porto alcançou outras tantas vitórias. Marcou 9 golos e ainda não sofreu qualquer golo.

A Liga NOS vai sofrer uma interrupção por motivos de compromissos das selecções nacionais. Depois regressam mais jogos com a Liga NOS a entrelaçar-se com a Champions League. Um novo ciclo de jogos espera o Dragão.

Registo final apenas para o homem que anda lá no meio das duas equipas. Que vergonha de postura e de atitude demonstradas em campo. Dualidade de critérios a nível disciplinar, postura diferenciada para com as duas equipas, conduta vergonhosa e prestação medíocre.

“Vamos ter os padres que escolhemos e ordenamos, nas missas que celebramos, temos é de rezar e cantar bem.”




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Este FC Porto é muito competitivo”

Entrada forte
“Globalmente, foi um bom jogo. Entrámos muito forte no jogo, com muita intensidade e vontade de “agredir” o adversário, procurando chegar à baliza. Aqui ou acolá perdemos o equilíbrio defensivo, mas a nossa primeira meia-hora foi fantástica. Nos últimos 15 minutos da primeira parte, o Sporting de Braga cresceu, mas mais por erros individuais da nossa parte. Houve um ou outro momento em que a equipa ficou desconfiada do que estava a fazer em termos defensivos. No intervalo alterámos o 4-4-2 para 4-3-3, de forma a tentar equilibrar o jogo interior e dominar as características apresentadas pelo Sporting de Braga no final da primeira parte.”

Vitória sem contestação
“Não houve um remate enquadrado do Sporting de Braga. Na segunda parte fizemos um jogo consistente, com muita coesão. Poderíamos ter feito mais dois ou três golos e merecíamos. É curto vencer pela margem mínima, mas o futebol é isto e temos de ser mais eficazes. Somos justíssimos vencedores. Quando conseguimos controlar o Sporting de Braga metemos o jogo no bolso, mas o Sporting de Braga é uma equipa competitiva e vai fazer um campeonato de acordo com os pergaminhos do clube.”


Mar azul em Braga
“Tenho de dar uma palavra aos sete mil portistas que estiveram aqui e que foram fantásticos. Este mar azul vai continuar, e vai continuar porque os adeptos acreditam nos jogadores, que são fantásticos. Só com o contributo diário dos jogadores conseguimos ter uma equipa tão competitiva.”

Muito campeonato por jogar
“A procissão ainda vai no adro. Há muito campeonato por jogar e muitos pontos em disputa. Este FC Porto é muito competitivo e vai lutar pela vitória em todos os estádios. Acredita de forma convicta de que, no final, vamos ter mais um ponto do que o segundo classificado.”

Casillas: quatro jogos sem sofrer golos
“Não gosto de individualizar. O FC Porto fez uma exibição fantástica. Não sofrer glos é um processo que envolve todos e não apenas o guarda-redes. Continuamos sem sofrer golos e isso é muito bom, mas depende do Casillas e de todos os outros.”



RESUMO DO JOGO

25 agosto, 2017

AQUI NAS ANTAS NINGUÉM PASSA.


Já dizia o mítico cântico dos Super Dragões entoado desde a Curva Sul do estádio das Antas. O FC Porto entra para ganhar em todos os jogos e terá sempre apoio em qualquer estádio onde suba ao relvado, mas jogando em casa, ultras, sócios, adeptos e simpatizantes têm de estar unidos como nunca em torno da equipa. Em nossa casa, no nosso território, temos de ser um só a puxar 90 minutos pelo FC Porto. Nas nossas bancadas, no nosso relvado, mandamos nós. Os jogadores têm de se sentir confiantes e confortáveis durante o tempo de jogo, têm de sentir que não estão sozinhos, têm de sentir que as nossas almas estão com eles e a empurrá-los para a vitória.

Já vem sendo hábito e é perfeitamente natural que o início da época corresponda sempre a afluências às bilheteiras e casa cheia. Novo treinador, parte tudo do zero, expectativas renovadas, confiança absoluta em resultados positivos e claro, férias, Agosto, sol, calor, tudo se propicia a encher o estádio.


Três jogos realizados no estádio do Dragão, um amigável e já dois para o campeonato, três grandes assistências. O meu apelo vai no sentido de nos mantermos assim. Sei que não vamos ter sempre casas a rondar os 50 mil até Maio mas façam um esforço por manter a militância porque isso é mesmo muito importante para a equipa. O Danilo ainda agora no fim do jogo com o Moreirense veio dizer que os adeptos são sempre importantes, mas mais importantes são neste tipo de jogos, que não são considerados grandes e onde à partida vão apenas “os mesmos de sempre”. Nestes jogos ganham-se campeonatos, mesmo que esteja frio e chuva e no dia seguinte nos tenhamos que levantar cedo para trabalhar.

Vamos manter a postura, continuar a apresentar grandes molduras de suporte ao FC Porto, onde quer que joguemos. O grito no final do jogo, já imagem de marca, devem ser dados pelo FC Porto, jogadores e adeptos, e não só pelos jogadores. É uma comunhão entre todos, é o terminar de mais uma batalha, o festejar de mais três pontos rumo aquilo que todos desejamos.


E próxima é em Braga. A temporada passada (há quatro meses) enchemos por completo uma bancada superior inteira do estádio AXA. Foi a nossa maior enchente desde a inauguração daquele estádio. Fala-se em levar novamente 7000 Dragões ao Minho, façam-se à estrada, é o último jogo antes da paragem para as seleções, vamos conquistar a quarta vitória noutros tantos jogos.

Lá estaremos com o pendão que leva o escudo da cidade.

Um abraço ultra.

24 agosto, 2017

LIGA CAMPEÕES 2017/2018 - SORTEIO FASE GRUPOS.


Mónaco, Besiktas e Leipzig são os adversários na Champions
Recordista de participações na prova, FC Porto integra o Grupo G da edição 2017/18 da Liga dos Campeões

O sorteio da fase de grupos da edição 2017/18 da Liga dos Campeões, que esta quinta-feira decorreu no Forum Grimaldi, no Mónaco, ditou que o FC Porto terá como adversários os franceses do Mónaco, os turcos do Besiktas e os alemães do Leipzig. Os Dragões integram o Grupo G da maior competição mundial de clubes, na qual são recordistas de participações (22), a par de Barcelona e Real Madrid.

O Mónaco, orientado pelo português Leonardo jardim, encabeça o grupo. Apresentando-se como cabeça de série no sorteio, depois de se ter sagrado campeão francês em 2016/17 pela oitava vez, o emblema monegasco reaviva as melhores memórias dos adeptos portistas, uma vez que o único encontro oficial dos azuis e brancos frente aos franceses valeu a conquista da Liga dos Campeões, em 2004. Do lote de estrelas à disposição de Leonardo Jardim, dois nomes destacam-se dos demais: João Moutinho e Falcao. Os dois têm reencontro marcado com o FC Porto, clube ao serviço do qual colecionaram títulos entre 2010 e 2013, incluindo uma Liga Europa.

Quanto ao Besiktas, campeão turco em 2016/17, conta com quatro jogos disputados frente ao FC Porto. O saldo é positivo para os portistas, que entre confrontos na Liga dos Campeões e Liga Europa (4), somam três triunfos e um empate. Na época 2010/11, que terminou com a conquista da Liga Europa, em Dublin, os Dragões cruzaram-se com os turcos no Grupo L, tendo empatado no Dragão (1-1) e vencido na Turquia (3-1). Antes, na época 2007/08, os dois clubes jogaram no grupo A da Liga dos Campeões, com os Dragões a garantirem a vitória em casa (2-0) e fora (1-0). Uma das curiosidades desse duplo confronto tem a ver com um dos marcadores dos golos. Ricardo Quaresma, que agora veste a camisola do Besiktas, foi decisivo, tendo marcado nos dois encontros pelo FC Porto. Outro ex-portista atualmente ao serviço dos turcos é Pepe, que este defeso trocou Madrid por Istambul.

Quanto ao Leipzig, que entra na Liga dos Campeões após um surpreendente segundo lugar na Liga alemã em 2016/17, faz a sua estreia na liga milionária. Orientado pelo austríaco Ralph Hasenhüttl, o clube alemão, que “renasceu” há pouco mais de oito anos, firma mais um passo na sua meteórica ascensão, impulsionada pelo forte investimento da uma conhecida marca de bebidas energéticas. Entre jovens estrelas, como os avançados Timo Werner ou Naby Keita, há também o avançado português Bruma, que integra um plantel que na sua maioria é composto por ​jogadores alemães.

Calendário do Grupo G (horas de Portugal Continental)
1.ª jornada: FC Porto-Besiktas (13/09, 19h45)
2.ª jornada: Mónaco-FC Porto (26/09, 19h45)
3.ª jornada: Leipzig-FC Porto (17/10, 19h45)
4.ª jornada: FC Porto-Leipzig (01/11, 19h45)
5.ª jornada: Besiktas-FC Porto (21/11, 17h00)
6.ª jornada: FC Porto-Mónaco (06/12, 19h45)




23 agosto, 2017

NOTAS CURTAS (MAS PROVERBIAIS) DE AZUL E BRANCO.


Plantel Curto – Quem não tem cão…
3 jogos, 3 vitórias, 9 pontos. No entanto, olho para o plantel do FC Porto e, passada a euforia da pré-época, começo a sentir pequenos calafrios em vésperas do primeiro teste a doer, em Braga. Explico porquê:
- quem joga em 4x4x2 tem que estar dotado obrigatoriamente de vários avançados capazes e em condições de entrar a qualquer momento. Soares, fruto das cargas físicas da pré-época, já está no estaleiro. Sobram Aboubakar, Marega (embora estando a surpreender pela positiva, é curto para um determinado tipo de futebol mais apoiado e rendilhado) e Rui Pedro (uma incógnita ainda, um projecto de jogador). Dificilmente o FC Porto poderá abordar uma época inteira com estes 4 nomes. Basta olhar para o principal rival para perceber a desproporção de forças e de qualidade comparando os sectores;
- a gripe de Ricardo assusta e de que maneira. Ricardo é o melhor lateral do plantel (pese embora a excelente forma de Alex Telles) e pode ainda ser, a meu ver, o principal substituto de Brahimi e Corona, claramente escassos para as duras exigências de uma temporada inteira. Maxi já não é o jogador que era, mas pode ser opção no caso de Ricardo ser chamado a jogar pela ala, pelo que me parece que uma possível saída de Ricardo Pereira seria um forte rombo na planificação da época portista. Hernâni e Octávio têm acrescentado pouco sempre que entram, pelo que a contratação de um extremo veloz deveria ainda estar em cima da mesa. Frente ao Moreirense, a entrada de Layun deu também a entender que Sérgio Conceição vê no mexicano uma possível alternativa para a posição de extremo. Quem não tem cão caça com gato e nos anos 90 era assim que preparávamos as épocas, mas convenhamos que é arriscado. A lavagem que o Jornal O JOGO vem promovendo a favor de Maxi, a fazer lembrar as tácticas do pasquim A BOLA, não augura nada de bom. E é bom que O JOGO não se esqueça que os portistas não se guiam pelos mesmos parâmetros de outros.;
- na zona central, Danilo e Oliver já perceberam que não terão descanso neste sistema engendrado por Sérgio Conceição. Vai-lhes ser exigido muito e sempre em alta rotação. Os substitutos são Herrera e André André. A época é longa, vem aí a Champions League e diria que um box-to-box com capacidade física entraria como uma luva (Wendell ?). A menos que Herrera, claro, confirme finalmente todo o potencial que de facto tem.

Síndromes Gripais – Onde há fumo…
Por falar em Ricardo Pereira, olho para a história mais ou menos recente e recordo-me de ver o supersónico Bosingwa impedido de jogar uma Final da Taça de Portugal frente ao Sporting devido a uma suposta mialgia. João Paulo alinhou no seu lugar e perdemos o caneco com um golo de Tiuí.
Em 2011, VP foi obrigado a colocar Fernando no banco e alinhar com Souza e Guarín frente ao super-Barça de Guardiola. Pese embora uma excelente exibição, Guarín, na zona 6, inventou uma fabulosa desmarcação para Messi inaugurar o marcador.
Por outro lado, lembro-me de Slimani em Alvalade estar no 11 inicial leonino frente ao FC Porto, molhar a sopa e no dia seguinte partir de armas e bagagens para o Leicester.

Kick-Off de Duarte Gomes – Quem te avisa…
O ex-árbitro Duarte Gomes, reconhecidamente anti-Porto, acaba de lançar um projecto a solo, chamado Kick-Off, para já em livro e em formato website com vídeos e textos sobre casos de arbitragem.
Convirá perceber quem está por detrás desta rampa de lançamento de Duarte Gomes. Depois de Vítor Pereira, depois de Pedro Proença, desta vez não nos vão apanhar na curva e adormecidos. Basta aliás ver quem esteve no lançamento deste projecto de Duarte Gomes: Fontelas Gomes, do Conselho de Arbitragem, Pedro Henriques, Rui Costa, Carlos Manuel, Pedro Proença, entre outros.
As perguntas que devem ser feitas: quem paga este projecto de Duarte Gomes? Quem está por detrás desta rampa de lançamento? A quem importa promover Duarte Gomes? Porque está Duarte Gomes no Jornal A Bola? Porque razão Duarte Gomes é agora presença assídua na SIC Notícias? Questões que, com certeza, em breve ficarão nítidas aos olhos de todos.

Seri a caminho do Barcelona – Errar é humano
Poucos se lembrarão de Seri, médio ex-Paços de Ferreira, que passou pelo FC Porto sem grande alarido. Não se pode acertar sempre e só podem jogar 11. Quem não se lembra do centralão Thiago Silva, que passou pela nossa Equipa B e depois acabou por fazer uma grande carreira em Itália e França, assim como ao serviço da Canarinha? O objectivo será sempre acertar mais vezes do que se erra.

Público no Dragão rima com discurso de Conceição – Quem fala assim…
Depor: 50.818; Estoril: 48.011; Moreirense: 46.509. Esperemos que estas assistências não sejam fruto da tradicional silly season e dos vários portuenses e demais nortenhos que no Verão voltam à sua terra natal, mas sim devido a um estreitar de relações entre o clube e os adeptos. Sérgio Conceição, parece-me, tem aqui um papel fulcral ao apresentar um discurso condizente com o que os adeptos azuis e brancos vêm no relvado. Quando o Porto joga mal, o treinador não engonha e não inventa visões paralelas. Imediatamente depois do jogo com o Moreirense, referiu que a partida nem sempre foi bem jogada e que Octávio não havia entrado bem na partida. Uma visão exactamente igual à do adepto comum, bem diferente do discurso para inglês ver do anterior treinador, que não fugia dos lugares comuns e das frases redondas. Conças não tem discurso Somos Porto, mas sim discurso à Porto, que são coisas bem diferentes.

A propósito do manuel machadêsQuem muito fala…
Manuel Machado tem razão em ter dito o que disse. O futebol lusitano é mais desnivelado a cada ano que passa. Esse fenómeno, aliás, assume uma tendência ainda mais pornográfica no país vizinho, enquanto que Itália caminha a passos largos para o mesmo. Só Inglaterra, devido à centralização dos direitos televisivos, escapa para já a essa desproporção de forças.
De facto, o Moreirense e o seu futebol quase deram pena de observar. Fica a questão: os jogadores do Moreirense são fraquíssimos, os jogadores do FC Porto são fortíssimos ou Manuel Machado é que estagnou no tempo?
E a última nota: alguém que recorde a Manuel Machado quem foi o clube que, à revelia do pacto não escrito entre os clubes nacionais para uma negociação centralizada dos direitos televisivos, foi negociar directamente com uma conhecida operadora nacional?

Os mendilhões do templo – Diz-me com quem andas…
Rúben Neves no Wolves custou-nos a todos, atendendo ao conflito de interesses que existe no caso vertente: Rúben foi (mal) treinado durante uma época por NES, que o desvalorizou de forma brutal. No final da época, o empresário do jogador, também empresário do treinador, coloca-o no novo clube do treinador, da II Divisão Inglesa. O FC Porto e o próprio Rúben Neves têm culpas no cartório por porem dentro de casa quem não merece sequer estar à nossa porta.
Por falar em mendilhões, Gonçalo Guedes (30M, não esquecer) não consegue mais enganar o PSG e pelos vistos não irá fazer parelha de ataque com Neymar, ao contrário do que prometiam os jornais lisboetas. Irá para Valência, clube onde já esteve também André Gomes, que agora está no Barcelona, para infortúnio dos catalães, que agora têm ainda que levar com o novo Daniel Alves chamado Nélson Semedo. É caso para dizer que a decadência culé não espanta ninguém. Do Valência sai também João Cancelo, por troca com Kondogbia. Benfica. Rio Ave. Braga. Valência. Atlético de Madrid. Barcelona. Wolverhampton. Fazem quase lembrar aquelas empresas-fantasma criadas pelo Grupo Espírito Santo para ocultar a sua dívida. Quem se mete por atalhos…

Belenenses e Eliseu – Com amigos destes…
Não há grandes palavras para a entrada assassina de Eliseu não ter sido sancionada com vermelho directo (podia ter partido a perna ao jogador do Restelo), nem sequer com falta, muito menos com amarelo. O VAR, pelo que já se começa a ver, é apenas mais uma distracção para inglês ver: não serve para nada e, se servir, vai ser utilizado para beneficiar o mesmo de sempre. O processo sumaríssimo, como já se prevê, ficará na gaveta.
Nada que preocupe muito o Belenenses do Dragão de Ouro Rui Pedro Soares, claro está. Nos últimos 8 jogos entre essas duas equipas, como bem notou o Baluarte Dragão, a contabilidade já vai em 27x0 a favor do Benfique, para vergonha e nojo dos adeptos de uma instituição histórica do futebol português. O caso Miguel Rosa, esse, já pertence à categoria da comédia. O Belenenses de hoje mais não é do que um clube satélite do seu vizinho da segunda circular. Não sou eu que o digo, mas sim os próprios adeptos do Belenenses, conforme podem ler AQUI. Este movimento independente do verdadeiro Belenenses, onde se incluem homens como Jorge Coroado, expõe as bonitas ligações entre Rui Pedro Soares, Portucal Telecom, Sócrates, Santos Silva, BTV, entre outras personagens e instituições. Leiam que vale a pena.
Estive ontem, por acaso, a jantar em pleno Estádio do Restelo, na Petisqueira Matateu, entre amigos, num ambiente que já existe pouco em Portugal, nas instalações de um estádio, ao ar livre, entre o museu, departamento de formação, estátuas de velhas glórias, torniquetes, paredes de cimento bem pintadas, camionetas e restaurantes do clube, pavilhões, entre outras velhas preciosidades que foram destruídas aquando do vendaval chamado Euro 2004. À saída, defronte da estátua de José Manuel Soares (Pepe) ocorreu-me a ideia: se eu fosse dirigente do FC Porto, este seria o ano de quebrar de tradições e, pela primeira vez em muitos anos, não existiria a mítica coroa de flores para o malogrado atleta do Belenenses, pois aos vendidos não se deve oferecer mais do que desprezo. E mais: pela primeira vez na nossa história devíamos dar um Dragão de Ouro como não entregue e exigir a sua devolução imediata (com custos a ser suportados pelo remetente) aos escritórios do FC Porto. Não sem antes pedir desculpas públicas a Pepe e aos verdadeiros adeptos do clube do Restelo.

José Manuel Soares "Pepe", a quem o FC Porto tradicionalmente deposita uma coroa de flores antes do Belenenses x FC Porto.
Jorge Sousa e o politicamente correcto – Com papas e bolos…
O politicamente correcto chegou ao último reduto ainda aparentemente inviolado: o futebol. O caso é caricato, mas merece atenta análise. Um jogador sérvio dirige-se em maus modos ao árbitro da partida, perguntando-lhe se o mesmo está a brincar. O árbitro, e muito bem, impõe o respeito e pergunta-lhe com quem ele pensa que está a falar e para se dirigir para a puta da baliza. Um episódio mais que banal, que ocorre todos os fins-de-semana em qualquer estádio desse país fora, independentemente da região ou do escalão. Claro que em Lisboa o tratamento aos jogadores por “querido” é mais apreciado e Jorge Sousa é clara e obviamente um alvo a abater, por se tratar de um árbitro nortenho, proveniente – Deus do céu – da cidade do Porto.
Jorge Sousa ficará 3 jogos na jarra por ter proferido palavras mais feias – pasme-se – a um atleta num jogo que lhe competia dirigir. E Eliseu, que podia ter acabado com a carreira de um colega de profissão, quantos jogos ficará na jarra? Pergunta para queijinho…

Rodrigo de Almada Martins 

22 agosto, 2017

E OS “PADRES” AINDA MAL COMEÇARAM A MISSA…



“O Conselho de Arbitragem da FPF afirmou que a equipa de arbitragem liderada por Rui Costa errou ao não expulsar Eliseu na goleada por 5-0 diante do belenenses, na sequência de uma entrada dura sobre Diogo Viana.
Durante um encontro com comentadores televisivos na Cidade do Futebol, no qual foi dada uma formação a respeito do vídeo-árbitro, o organismo liderado por José Fontelas Gomes salientou o erro da equipa de arbitragem, indicando que o VAR (Vasco Santos) errou ao não alertar Rui Costa de que este era um lance passível de expulsão por conduta violenta.
A intervenção do VAR só deve acontecer em lances para expulsão, golos, penalties e identificação de jogadores, e apenas quando existe um “erro claro”, algo que, segundo o CD, se verificou no lance em questão.”

in zerozero.pt
Os anos passam, mas continua a dar a clara sensação de que aquilo que se passa no futebol português é uma brincadeira de mau gosto, uma brincadeira patrocinada e completamente controlada por um clube que durante anos e anos falou intensamente de um processo jurídico que deu ZERO em todas as instâncias judiciais civis e desportivas, mas que depois, tudo somado e baralhado, deve ser seguramente dos clubes a nível mundial que utiliza as estratégias mais inacreditáveis, quer a nível ético, quer a nível legal.

Parece que vale tudo para um determinado clube, vale mesmo tudo, vale preferir “ter lugares na Liga do que bons jogadores”, vale ter “os padres ordenados e escolhidos para as missas que celebra”, vale aceder indevidamente a relatórios de observadores para “dar cabo” a notas de árbitros, vale monitorizar o telefone do presidente da FPF, vale monitorizar os telefones dos árbitros, vale apoiar claques ilegais, até vale sugerir roubo de informação de ex-treinadores, “não vá aquele louco ter algo comprometedor no computador”.

Passaram apenas 3 jornadas e já ficaram 3 penalties por assinalar a favor do FC Porto. O VAR não viu, não quis ver, ou viu e não fez caso, mas a generalidade da imprensa não tem dúvidas de que nesses lances deveria mesmo ter sido assinalado penaltie. Eliseu agride selvaticamente um adversário, e o VAR? Não viu, não quis ver, ou viu e não fez caso...

Isto, para não falar da polémica no golo anulado ao braga, com a respetiva confusão das imagens do jogador que não aparece mas devia ter aparecido, das linhas que deveriam ter aparecido mas não apareceram, etc, etc...

Os “padres” ainda mal começaram a missa, os acólitos ainda mal começaram a “cantar” e as coisas já começaram no mesmo sentido dos últimos 4 anos. Um filme já muitas vezes visto, que se repete ano após ano e que, muitas vezes, faz toda a diferença numa classificação final que tem sido geralmente equilibrada. Ao contrário dos anos de hegemonia do FC Porto, em que esmagávamos internamente e triunfávamos na Europa e no Mundo, a hegemonia do clube dos “padres” traduz-se em campeonatos ganhos por diferenças pontuais curtas. Claro que em competições equilibradas, com as equipas que lutam pelo título a equivalerem-se entre si, a ação de determinados “padres” pode fazer toda a diferença o final das contas.

Resta-nos esperar que a nossa competência interna seja suficiente para lutar contra os adversários (muito deles até querem chocolatinhos como o amigo de tondela) porque, sinceramente, não tenho confiança em nada mais do que isso. E uma coisa posso-vos garantir, darei a Sérgio Conceição todo o meu apoio incondicional. Sei perfeitamente os níveis de exigências que devo ter, quando os devo ter e com quem devo ter. O final do mercado aproxima-se, já seria positivo se não saísse mais nenhum jogador importante (porque os pernas-de-pau, esses ficam ano após ano sem que ninguém lhes queira pegar), mas nenhum de nós se pode esquecer do que todos dizíamos de Marega há apenas um ano atrás, das enormes críticas dirigidas a Aboubakar ou do jogador que era Ricardo Pereira quando foi emprestado ao Nice. A partir de 1 de setembro, teremos de estar unidos em torno do treinador e dos jogadores, mesmo daqueles a quem não reconhecemos qualidade, porque de nada valerá lamentar que se poderia ter o jogador A, B ou C. Esse tempo de indicar que falta o jogador A, B ou C é antes de 31 de agosto, mesmo que todos já tenhamos percebido que os enormes erros cometidos nos últimos anos nos levem a abordar esse mercado de forma muito humilde, em que apenas se gastou 1 milhão de € com Vaná. Tal como na política, muitas vezes há que lidar com a porcaria que foi feita anteriormente, e Sérgio terá de fazer omeletes com ovos que para muita gente estavam fora da validade. Até agora, é muito cedo, bem sei, mas o balanço só pode ser positivo. Para a semana, o teste é duro e importante, o país, ou pelo menos grande parte dele, saliva ansiosamente para que escorreguemos de modo a que o desígnio do penta se comece a encarreirar. Temos de ser Porto, não nas palavras, no Facebook ou no twiter, mas sim dentro de campo. FORÇA FC PORTO!!!!!!

20 agosto, 2017

A TARDE DE “BOUBA”.


FC PORTO-MOREIRENSE, 3-0

Três jogos, três vitórias, oito golos marcados, 0 sofridos. Assim se mostra o desempenho do FC Porto na presente Liga NOS. Em mais uma enchente no Dragão, os azuis-e-brancos corresponderam e venceram se espinhas o seu opositor.

Em destaque esteve o ponta-de-lança camaronês preterido na época passada por um pinheiro belga. Numa tarde de extremo calor (os termómetros estiveram a roçar os 40 graus), o FC Porto fez uma primeira parte de bom nível mas na etapa complementar devido a vários factores, com incidência para as altas temperaturas verificadas, os portistas baixaram e muito de produção. O 2-0 registado ao intervalo também terá influenciado o subconsciente dos jogadores, mas Sérgio Conceição é um treinador que não gosta nada de abrandamentos de ritmo e de produção.

A novidade no onze de Sérgio Conceição foi a ausência de Ricardo Pereira. O jogador nem sequer esteve no banco. Esta situação soou a estranho e começou-se a especular no Estádio. O certo é que o técnico portista esclareceu no fim do jogo que o lateral portista acordou com sintomas febris. Maxi regressou à equipa e fez uma primeira parte conseguida, mas não fez esquecer o seu companheiro.


Perante um Moreirense recuado, bem fechadinho cá atrás com linhas muito juntas, o FC Porto entrou forte na procura do golo. Aos 2 minutos já o guarda-redes de cónegos fazia uma defesa de recurso para canto a remate de cabeça de Felipe. Estava dado o mote para o que vinha a seguir.

Aos 19 e 21 minutos, Aboubakar, na sua tarde inspirada, colocava o FC Porto a vencer por 2-0. Primeiro entrou muito bem num cabeceamento, correspondendo a um centro excelente de Alex Telles e depois, aproveitou remates de Marega e Óliver que Jhonatan defendeu, fixando o resultado ao intervalo.

Antes do intervalo, registo para mais algumas jogadas de perigo que poderiam ter ditado um resultado mais dilatado, nomeadamente Danilo que viu o guarda-redes contrário evitar o terceiro golo. Mas a nota deste primeiro tempo vai para mais uma grande penalidade que ficou por marcar a favor do Dragões.

Corona é tocado no pé esquerdo no coração da grande área mas o árbitro abana a cabeça e o VAR, o famoso VAR, não se pronuncia.


Continuamos, pois, a apreciar esta tecnologia conduzida e utilizada brilhantemente pelos padres das missas que são ordenadas pelos personagens do costume. Três jornadas, três grandes penalidades por assinalar e três lances ignorados pelos homens das tecnologias da cidade do futebol.

A segunda parte foi um pouco monótona. O calor e o desgaste dos jogadores resultantes das altas temperaturas influenciaram o rendimento em campo. E aqui há que fazer um parêntesis na crónica.

Se há uma semana em Chaves, no jogo entre a equipa da casa e a equipa dos padres, houve duas pequenas pausas – uma em cada parte - ordenadas pelo árbitro devido ao calor quando os termómetros assinalavam 24 graus, porque é que ontem com 38 graus, o padre de serviço não teve o mesmo critério? Tem que haver uniformidade de critérios. Não pode haver critério A pelo padre X e critério B pelo padre Y.

O Moreirense, na etapa complementar, continuou a jogar da mesma forma. Foi mais uma das muitas equipas que jogam, desta forma, no Dragão. Defender, defender, defender e tentar o pontinho quer por obra e graça da sorte, quer pela ajuda do padre de serviço. Ah, pode ser que…


Sérgio Conceição deixou Brahimi no balneário ao intervalo por precaução. O argelino acusava fadiga muscular e depois de perder Soares, o técnico portista não quis arriscar segunda baixa. É que daqui por uma semana, os Dragões vão a Braga jogar com os fiéis de lá de baixo. Para o seu lugar entrou Otávio. O pequeno jogador começou descaído para a esquerda mas depois Sérgio Conceição colocou-o nas costas de Aboubakar e desviou Marega para a esquerda.

Moussa enviou uma bola com estrondo à barra no início da segunda parte mas depois o FC Porto baixou muito de rendimento. Apesar disso, aos 76 minutos Aboubakar lançado por Marcano, isolou-se e perante Jhonathan rematou colocado e rasteiro, obtendo um hat-trick.

Logo a seguir, Hernâni que substituiu Corona teve oportunidade para fazer o quarto golo mas o guardião moreirense defendeu para a linha de fundo. Depois Aboubakar saiu para os aplausos da tarde e deu o lugar a M. Layún.

O FC Porto desloca-se a Braga, no próximo Domingo, antes da primeira paragem da época para compromissos das selecções nacionais. Ao FC Porto cabe fazer tudo para vencer na cidade dos arcebispos, para se colocar numa posição privilegiada antes do interregno e numa altura em que o mercado de transferências irá fechar e definir o plantel.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “O resultado é completamente justo”

O mar azul
“No Dragão e em todos os outros estádios, a atitude, a determinação e a ambição têm de ser sempre as mesmas. Hoje tivemos muitos adeptos a apoiar-nos e isso dá-nos muita força. Este mar azul vai continuar, tenho a certeza, seja em que estádio for. Aproveito para agradecer a presença e o apoio dos nossos adeptos.”

Vencer é o mais importante
“Entrámos bem no jogo e até fazermos o 2-0 tivemos muita qualidade. Aqui e acolá faltou diversificar o processo ofensivo. Conseguimos ter largura, mas por dentro estava mais difícil entrar. Fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais um ou outro na primeira parte. Não gostei da forma como entrámos na segunda parte, mas compreendo algum desgaste devido à intensidade e à constante procura da bola quando não a tínhamos. Acredito que, com este calor, as coisas tornaram-se mais difíceis. Penso que o resultado é completamente justo. Conquistámos mais três pontos e estamos felizes por isso. Exibições fabulosas, para mim, são a conquista dos três pontos, por isso vamos tentar prolongar o estado em que estamos.”


A pressão dos rivais
“Eles estão orientados para essa pressão diariamente. Não vivemos em função de Benfica e Sporting, vivemos a pensar na nossa equipa. O nosso foco é esse. Os cinco ou os quatro que os outros marcam não nos diz nada. Vi os jogos de Sporting e Benfica, porque são adversários, mas a minha preocupação é o FC Porto e estarmos cada vez mais fortes naquilo que trabalhamos, procurando manter as coisas que fazemos bem. A exigência é máxima e tudo tem de ser levado muito a sério. Para nós, cada jogo é uma final.”

A ausência de Ricardo Pereira
“Foram convocados 22 jogadores. Ele não acordou bem, acordou com sintomas gripais e temperatura alta. Optámos por não o utilizar por não estar a 100% fisicamente. Jogou o Maxi e deu uma excelente resposta.”



RESUMO DO JOGO

19 agosto, 2017

UM GRITO SÓ DE TODOS NÓS


Belo Domingo passado em Tondela! Segunda jornada do campeonato, 37 graus, jogo numa província onde não é habitual jogar-se para o campeonato, Agosto, sol e esplanadas, cerveja e amigos, e acima de tudo, FCP! Todos os condimentos para um grande dia, o que se veio a verificar.

Estavam reunidas as condições para uma rumaria e lá estivemos em peso. Os bilhetes voltaram a esgotar, o que já nem é notícia, sector visitante à pinha e apoio durante os 90 minutos. Vocalmente não foi perfeito, podia ser melhor, mas só de se olhar para a bancada já se arrepiava!

O único inconveniente era a hora do jogo, já aqui o disse anteriormente, embora considere bastante positivo a ideia de marcar com a devida antecedência, o que se verificou, é complicado aceitar uma deslocação de 300 km (ida e volta) num Domingo à noite. Nem toda a gente está de férias e nem todos gozaram ponte na segunda-feira...

Ainda antes de almoço nas redondezas do Dragão vi várias famílias portistas a lotar os carros e a arrancar em direcção a Tondela. O que me deixou logo com um sorriso nos lábios. Fiz-me à estrada pelas 13h e cheguei a Tondela ainda a tempo de almoçar.


Convívio top durante toda a tarde com a malta do costume. Bonito de se ver azul e branco espalhado pelas ruas à volta do estádio, novos, velhos, homens, mulheres e crianças. A cerveja e os petiscos foram-me esgotando enquanto a hora do jogo se aproximava. Ensaio-os dos cânticos e entra-se na curva. Super Dragões e Colectivo no comando do apoio ao FC Porto. Vitória saborosa por 0-1, vale na mesma três pontos e é nestes jogos que se ganham os campeonatos.

De realçar o espírito vivido pela nossa equipa, os que jogam e os que não jogam, os suplentes e os da bancada. Naturalmente sob a batuta do mister, é notável ver a união que impera entre o plantel. O grito em conjunto no final das partidas e o agradecimento mesmo junto aos sócios, ultras e restantes adeptos, aquilo que sempre mencionei aqui ao longo de tanto tempo. Contem connosco porque “esta curva nunca te vai deixar”.

A contar com as deslocações nos jogos amigáveis em Guimarães, Barcelos e Algarve, temos quatro saídas com deslocações em massa e a próxima é aqui ao lado em Braga. Antes disso, vamos para o terceiro jogo em casa... com lotação esgotada!

Mar Azul, venham todos, juntos somos mais fortes!

Um abraço ultra.

18 agosto, 2017

NO BOM CAMINHO.


Mais uma Jornada e mais uma vitória do FC Porto. Ambiente fantástico em Tondela, com o Estádio maioritariamente pintado de Azul e Branco e com a nossa Equipa a conseguir um triunfo que teve tanto de sofrido como de importante.

Se é verdade que a qualidade exibicional esteve longe da apresentada na primeira partida oficial, também não é menos verdade que nestes jogos onde a nota artística é mais reduzida e onde as oportunidades de golo custam a aparecer, é preciso ser-se pragmático para se levar os 3 pontos e foi exatamente isso que nós fomos.

Também importa relembrar que os nossos rivais não foram capazes de fazer melhor. Os de verde venceram em casa o Setúbal com um Penalty extremamente discutível já na reta final da partida e os de vermelho venceram o Chaves com um autêntico chouriço de Seferovic já para lá dos 90.

Desengane-se quem está à espera de goleadas e de Futebol bonito todos os jogos. Vamos ter muitos jogos como o de Tondela, como aliás acontece sempre todas as Épocas, e provavelmente podemos até nem ganhá-los todos porque nenhuma Equipa ganha todos os jogos. É importante mantermos esta onda positiva em torno da Equipa, mas sempre com a consciência de que um Empate ou uma Derrota podem acontecer a qualquer momento e que não será isso que nos fará ir abaixo nem entrar num processo de Auto-Destruição que tem sido hábito ao longo das últimas Temporadas.

Isso será determinante na forma como decorrerá o resto da Época. Temos uma Equipa unida, um Treinador consensual (algo que parecia impossível até há uns meses atrás) e uma Direção a trabalhar com menos aparato mas nitidamente melhor à procura de formar um Plantel competitivo e que ao mesmo tempo, ao nível de custos, se enquadre dentro da nossa realidade e daquilo que temos definido de forma a que possamos cumprir as metas que temos delineadas com a UEFA. Não existe motivo algum para que ao mínimo deslize comecemos a colocar tudo em causa.

No entanto, nada disso invalida que continuemos a ser exigentes com o Grupo de Trabalho e a querer deles sempre o máximo ao nível da atitude e da entrega. O que não podemos é confundir isso com vitórias, ou seja, o facto de não ganharmos um qualquer jogo não invalida que a Equipa tenha feito tudo para o vencer e com o Sérgio Conceição já pudemos constatar que isso é condição mais do que obrigatória.

Não poderia deixar passar em claro a brilhante performance da nossa Equipa de Ciclismo na Volta a Portugal, que culminou com 6 Vitórias de Etapa, a Camisola da Montanha, o Prémio por Equipas e o Primeiro e Segundo lugar da Classificação Geral Individual. Foi um domínio inequívoco de uma Equipa dirigida de forma exímia pelo Nuno Ribeiro que soube sempre, ao longo da prova, controlar a corrida da forma que nos era mais conveniente.

Uma palavra também para a RTP pelo, já recorrente, péssimo Serviço Público prestado com comentários verdadeiramente tendenciosos de Marco Chagas e João Pedro Mendonça onde, bastantes vezes, foi notória a dificuldade em pronunciar o nome do FC Porto. Também pudemos assistir, como na edição do ano passado, à tentativa de desorientação da Equipa Azul e Branca por parte dos repórteres que faziam as Entrevistas no final das Etapas sempre com perguntas do tipo: “Mas quem é agora o líder?”; “Com tantos ciclistas a poder vencer a Volta isso não poderá ser um problema?”. Infelizmente, a RTP continua a brindar-nos com este péssimo Serviço, verdadeiramente tendencioso e alérgico ao Azul e Branco.

Um abraço Azul e Branco,
Pedro Ferreira

17 agosto, 2017

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO PLANTEL.


Depois de uma pré-época de nível elevado, e de uma jornada inicial muito bem conseguida a catapultar-nos para o sempre agradável primeiro lugar da classificação, nada como cruzarmo-nos com um dos ex-libris da fatah anti-Porto em Portugal: O Tondela.

Como seria de esperar, e apesar de ainda só estarmos na 2ª jornada do campeonato, a equipa tondelense entrou em campo como se estivesse nos derradeiros 90 minutos da prova, a necessitar desesperadamente do ponto para sobreviver. Cada bola disputada era uma luta pela vida. Como equipa portuguesa medíocre que se preze, a estratégia escolhida foi a da faca nos dentes na defesa e chutão para os galgos, ou eventuais bolas paradas, nos movimentos ofensivos. Apesar da partida controlada e do perigo insípido das investidas da equipa da casa, a verdade é que foi a primeira vez desde a digressão mexicana, de há quase 1 mês atrás, que nos sentimos desconfortáveis no resultado.

Como em qualquer discussão de adepto de bancada, café ou sofá, podemos argumentar pelo nome deste ou aquele jogador para lançar dentro das 4 linhas. Dentro das preferências pessoais de cada um, milhares de argumentos são justificáveis. Olhando para a realidade nua e crua, no nosso banco em Tondela, como "armas secretas" tínhamos um médio ofensivo (Otávio), e a coisa mais parecida com um atacante puro era Hernâni, um jogador que por muita fé que se possa ter, ou não, nele, neste momento está longe de ser uma solução para as nossas necessidades. Se quisermos entrar num campo mais depressivo, ver num jogo de campeonato, Marega como a melhor opção credível para titular do FCP, entra no campo do surrealismo dáliano.

Por mérito próprio, chamamento divino, destino (ou todos juntos), Sérgio Conceição pegou nas aparas de NES e Lopetegui, e conseguiu até ao momento, contra todas as expectativas, formar um esboço coerente de uma equipa coesa, competitiva, ofensiva e a praticar bom futebol. Contudo não nos iludamos. Este jogo de Tondela não foi caso único. Jogos menos conseguidos acontecem e acontecerão. A perda de pontos será infelizmente uma inevitabilidade numa prova longa como é a Liga Portuguesa. Ciclos menos positivos, uma quase certeza.

Apesar do bom trabalho que a SAD azul e branca tem efectuado neste início de temporada de 2017/18, dentro das contingências a que se vê obrigada, se quiser alcançar o topo das competições nacionais, é essencial fornecer ao treinador algo mais do que uma pistola de fantasia com fulminantes. Se o treinador vê num esquema de 4-4-2 a fórmula de alcançar o sucesso, não se pode compor o plantel nas necessidades eternas do 4-3-3. Não faz muito sentido ter 7 médios para 2 lugares, e 7 avançados para 4. Há uma descompensação aqui que, caso não seja corrigida, numa época longa e dura com sobrecarga de jogos, lesões e castigos leva a que o treinador em algumas ocasiões tenha que inventar, com o perigo que isso representa.

Sendo ainda prematuro fazer juízos de valor definitivos até ao mercado fechar, faço votos que a SAD portista esteja atenta a este nosso calcanhar de Aquiles, com o risco que uma atitude laxista possa significar.


Confesso que a temporada ciclista me passa completamente ao lado. Não faço a mínima ideia quando ocorrem os vários meetings e grandes prémios, nem sequer os nomes dos seus vencedores. Contudo, desde tenra idade, dois grandes momentos existem que tenho curiosidade natural em acompanhar: A Volta a França e a Volta a Portugal.

Se a prova gaulesa tem ganho ainda mais prestígio, e audiências, nas cadeias televisivas internacionais, é verdadeiramente lamentável o clima de frete com que se cobre a principal prova nacional. Com as genuínas críticas que se podem apontar à RTP por alguns "lapsos" nos seus comentários, esta merece o benefício da dúvida por ainda ser a única que se preza a dar destaque às aventuras e desventuras dos vários heróis sobre rodas, o maior dos quais este ano, o nosso Raúl Alárcon. Como tal, não queria deixar de endereçar os meus parabéns à W52-FC-Porto por mais uma Volta conquistada.

16 agosto, 2017

ABOUBAKAR vs LUISÃO.


Se há frase relativa ao futebol com a qual concordo perfeitamente é a mítica proferida pelo ex-presidente do Vitória de Guimarães, António Pimenta Machado: “No futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira”. Quem anda neste Mundo ou simplesmente o acompanha de perto, já por diversas vezes assistiu ou viveu situações nas quais esta frase se aplica na plenitude.
Mas se a mesma é indesmentível, também não é menos verdade que existem neste Mundo um conjunto de “virgens ofendidas” que clamam por seriedade e honestidade intelectual quando a verdade se “distorce” em seu desfavor, mas que rapidamente a assumem como incontornável quando a mesma vai de encontro às suas preferências.

Vincent Aboubakar, avançado do nosso clube e com o qual temos contrato (convém não esquecer, pois até parece que o mesmo termina daqui a 15 dias), não gostou da forma como foi tratado na pré-época passada. Sobre isso não me vou pronunciar, pois não tenho dados que me permitam avaliar se o camaronês foi alvo de um tratamento incorrecto ou se tudo se ficou a dever a mera opção técnica, independentemente da concordar ou não com a mesma. O que é facto, é que o mesmo se sentiu injustiçado e rapidamente a comunicação social centralista procurou “fazer sangue”. Com a facilidade de ter emigrado para o Besiktas e de na Champions o slb ter ficado no mesmo grupo dos turcos, os imparciais jornalistas montaram a “ratoeira” ao atleta, e numa altura em que tudo lhe corria bem no clube de Istambul, questionaram o jogador se queria voltar a Portugal. Que resposta se esperaria? “Sim, quero!” ou “Sim, tenho saudades do banco!” ou “Claro, quero voltar a ser suplente!”. Como é evidente, a maior referência actual do futebol dos Camarões, respondeu que não queria regressar... óbvio! É que além do aspecto desportivo, convém recordar que na Turquia a percentagem de desconto do salário do jogador é muito inferior à aplicada em Portugal, pelo que a remuneração auferida é substancialmente superior.
Finalizada a época, qualquer jogador que tenha contrato com um clube tem que regressar à origem, e foi obviamente isso que aconteceu.
Nova época, novo treinador, novo diretor para o futebol, nova estratégia, nova política desportiva, novas dinâmicas e relações. O camaronês passa a sentir-se mais importante no grupo, mais valorizado, mais reconhecido e com maior preponderância no 11 titular. Resultado natural? Aquilo que há um ano era verdade (a vontade de não voltar a jogar no Porto), passa a mentira! Mas passa a mentira porque todo o contexto mudou! Passa a mentira porque o seu meio envolvente e contexto dentro do plantel mudou radicalmente. Aboubakar mudou de opinião não porque lhe tenham aumentado o salário ou por outra qualquer razão esotérica, mas tão só porque toda a realidade mudou.

O problema é que as tais virgens ofendidas que se vergam perante o clube do regime e que estão disponíveis a tudo para terem um minuto de atenção do 1.º ministro do estado lampião, quiseram e querem fazer disto um caso e um caso aparentemente virgem de um jogador que inverte discurso. Mais, ao invés de valorizarem o trabalho que aparentemente foi feito pelo treinador e estrutura junto do jogador, persistem é em lhe querer encontrar futuro num outro clube por estar a iniciar o último ano do actual contrato, como se também esta situação fosse virgem no futebol ou até mesmo em Portugal.

Curioso que não é preciso recuar muitos anos para nos recordarmos da novela de todos os verões do clube da luz: a saída de Luisão! Todos os anos era desta, Luisão dizia que o seu ciclo tinha chegado ao fim, apareciam dezenas de grandes clubes europeus interessados no seu contributo, o brasileiro chegava tarde para treinar porque estava a analisar as soluções, mas depois o final era sempre o mesmo: aumento salarial e continuidade na luz, como ainda hoje acontece. Não, nessa altura o que era verdade hoje não era mentira manhã. Não... Luisão amava e ama o benfica, adorava e adora lisboa, e tudo não passavam de situações normais de mercado. São uns ridículos que de tão descarados que são tornam-se a chacota para quem tem dois dedos de testa.

Meus caros, não nos deixemos intoxicar por esta gente que insiste e persiste em nos menorizar e dividir. O FC Porto somos nós contra tudo e contra todos.

Um abraço, até domingo no sítio do costume!

PS – Finalmente, finalmente! Nas próximas duas semanas estarei de férias. Regresso a 6 de Setembro.

15 agosto, 2017

A DIFÍCIL HERANÇA DE SÉRGIO.


É indesmentível que, dois meses após a apresentação de Sérgio Conceição, os sinais da equipa são positivos, não sendo brilhantes, nem fantásticos, creio que nenhum Portista poderá estar insatisfeito com aquilo que viu na pré-época e com aquilo que viu nos primeiros dois jogos do campeonato.

Porém, há coisas que admito continuam a desagradar-me e outras que mais do que desagradar, irritam-me profundamente e entram no campo dos fenómenos inexplicáveis.

Não creio que os mais de 70 milhões provenientes da venda de jogadores constituam uma notícia verdadeiramente positiva para o universo Portista. Acho que era imperioso ter feito um encaixe bem superior e que era necessário limpar de forma mais efetiva uma folha de jogadores, dos quais vários deles são de uma mediocridade que devia fazer corar quem decidiu a sua contratação para um clube com a enorme dimensão do FC Porto. É indesmentível também que só um encaixe de mais de 100 milhões de €, teria permitido um ataque ao mercado para suprir algumas das óbvias necessidades do atual plantel, mas também já se percebeu que é quase impossível fazer encaixe significativo com os excedentários que restam, sim porque fazer encaixes com bons jogadores é muito mais fácil.

Infelizmente, cometeram-se muitos erros nos últimos anos, gastaram-se muitos milhões de € em jogadores sem qualidade para um clube como o FC Porto, errou-se, por isso, muito na gestão desportiva, para além do adormecimento comunicacional (problema resolvido e bem pelo atual diretor de comunicação, honra lhe seja feita!), aproveitado pelos outros, das mais variadas formas, legais, ilegais, pouco éticas, nada éticas, etc…

Não espanta, porém, que alguém tenha querido levar Ruben Neves por 18 milhões, mas que ninguém queira Herrera por uns 15 milhões, que Adrian Lopez se mantenha no seu enésimo empréstimo porque ninguém o quer a titulo definitivo por um valor minimamente aceitável, que Jose Angel tenha saído a custo zero e que fazer algum encaixe financeiro com Abdoulayes, Suks, Buenos ou Zé Manuéis seja tão provável como acertar na chave do Euromilhões.

Por tudo isto, não posso também deixar de elogiar fortemente Conceição pelo discurso que tem tido, contrariamente ao fraquíssimo conteúdo do discurso de NES. Conceição tem um discurso que é ao mesmo tempo otimista, mas que foge da monotonia de um discurso feito de lugares-comuns e afirmações que não acrescentam coisa nenhuma. Mais do que lamurias relativamente do que falta, Conceição tem sabido trabalhar com o que tem, potenciar o que é possível e esconder ao máximo aquilo que é menos bom.

Mas de uma coisa ninguém tenha duvidas, por mais defeitos ou criticas que se lhe possa apontar, é evidente que a herança de Conceição não é fácil dados os condicionalismos financeiros em consequência de muito disparate cometido. Conceição não dispõe, nem disporá dos milhões de € que todos os anteriores treinadores tiveram, por isso não coloquem, uma vez mais, nas costas do treinador todas as responsabilidades de um eventual insucesso. Até porque um eventual sucesso, com os mesmíssimos jogadores das ultimas 4 épocas sem títulos, dever-se-á, sobretudo, ao treinador!

13 agosto, 2017

A VITÓRIA DO SACRIFÍCIO.


TONDELA-FC PORTO, 0-1

É com jogos como o desta noite que, por vezes, se vencem campeonatos. Esta foi uma das frases de Sérgio Conceição no fim do jogo. Não poderia estar mais de acordo com tal conclusão. O FC Porto obteve três pontos importantes e, na parte final, não ganhou para o susto.

É certo que os portistas poderiam ter obtido outro resultado, mas algumas oportunidades desperdiçadas impediram os Dragões de tranquilizarem antes do final do jogo.


O Tondela manietou o FC Porto na primeira meia hora do encontro. Impediu, muitas vezes, que os laterais azuis-e-brancos subissem até à linha final e condicionou o jogo de Óliver Torres que é nada mais, nada menos que o cérebro da equipa portista.

Os homens de Tondela fizeram da sua arma o jogo directo, procurando surpreender os Dragões através de lances em profundidade ou em segundas bolas. Mas a equipa de Pepa não criou lances dignos de registo.

De registo, ficou mais uma grande penalidade por assinalar a favor do FC Porto. Depois de, na 1ª Jornada, Marcano ter sido socado por Moreira na grande área, desta vez Ricardo Costa agarrou, primeiro, e derrubou, depois, Marega na área tondelense. A falta começou fora da grande área, mas terminou dentro.

Eu pergunto para que serve o VAR (Vídeoárbitro). Para nada. Ou melhor, se calhar para decidir lances a favor de outra agremiação em que depois as más decisões são justificadas com a má colocação das câmaras ou com imagens deficientes. Que conveniente!


O certo é que, tal como no ano passado, tudo parece igual ou pouca coisa mudou. Um penalty assinalado ou não, pode fazer toda a diferença num jogo de futebol. Se o VAR não vem para ajudar a facilitar as decisões dos árbitros, então poupe-se dinheiro e recursos.

Voltando ao jogo, o FC Porto procurou o golo. Demorou a chegar, mas acabou por aparecer à passagem dos 37 minutos. Brahimi conduziu a jogada, lançou Corona na direita do ataque portista. O mexicano centrou para o coração da área contrária onde um defesa tondelense aliviou, de forma, defeituosa. Alex Telles tentou o remate frontal, a bola sobrou para Aboubakar que, isolado e à segunda, bateu o guarda-redes da equipa da casa.

Desta vez, o árbitro pediu o auxílio do VAR (outra conveniência), quiçá para tentar vislumbrar uma irregularidade num golo limpinho. Que pena, não é sr. Padre? O golo é regular.

O intervalo chegou pouco depois. Pensou-se que os Dragões tinham aberto finalmente o jogo para uma etapa complementar mais produtiva e mais facilitada.

O início da segunda parte veio, realmente, mostrar um FC Porto mais perigoso e com mais oportunidades, mas Aboubakar, com uma bola no poste, e Marega, com um remate para defesa aparatosa do guarda-redes contrário, tiveram a oportunidade de sentenciar a partida.


A partir daí, o Tondela cresceu, operou substituições no sentido de subir no relvado e disso não soube o FC Porto tirar partido. Retraiu-se em campo e Sérgio Conceição foi obrigado a reforçar o meio-campo de forma a estancar o ataque da equipa da casa.

Por duas vezes, Iker Casillas foi chamado a intervir com duas defesas difíceis e aparatosas, sem não esquecer que fica ligado a uma fífia e que poderia ter comprometido os três pontos já bem perto do final da partida.

Não foi um bom jogo do FC Porto. Foi, sim, uma boa vitória, que valeu três pontos e que podem ser muito importantes para as contas do campeonato. A deslocação a Tondela revelou-se muito difícil para um Dragão que nunca conseguiu impor o seu jogo como durante a pré-época. A equipa soube sacrificar-se, soube unir-se e soube jogar como uma só para arrecadar o mais importante: a vitória.

Na próxima jornada, o FC Porto recebe o Moreirense no Estádio do Dragão e prevê-se mais uma enchente para apoiar a equipa e ver os seus jogadores somar mais três pontos.

Notas finais para as boas prestações de Corona e Brahimi no apoio à equipa e no trabalho incansável e de grande sacrifício de Marega no desgaste à equipa beirã.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “A vitória é justíssima”

FC Porto é justo vencedor
“Há sempre riscos quando se está a ganhar pela margem mínima. Um lance poderia dar o empate, mas estávamos precavidos para o jogo do Tondela. É difícil jogar contra uma equipa que faz muito jogo direto. A jogar assim, tenho a certeza que será difícil para qualquer adversário sair de Tondela com pontos. Não foi um espetáculo brilhante e tentámos impor a nossa dinâmica sempre que podíamos, mas também há mérito do Tondela na forma como nos condicionou. Mesmo com pouco espaço, tínhamos de tentar desequilibrar a defesa. Poderíamos ter feito o 2-0 e isso ia dar maior tranquilidade à equipa, mas a vitória é justíssima e não há nada a dizer.”


Entender o jogo
“Temos de saber entender o jogo. Quando o adversário nos condiciona, temos de ser inteligentes e não arriscar certas situações. Tínhamos de aproveitar melhor a capacidade dos nossos avançados. Por vezes perdemos bolas que não devíamos perder, mas soubemos sempre recuperar. Na generalidade, foi um jogo controlado por nós.”

Ganhar sabe sempre bem
“Tínhamos de igualar a agressividade do Tondela. Poderíamos ter feito três ou quatro golos, mas estas vitórias também são saborosas. Na época passada o FC Porto perdeu dois pontos neste estádio.”

Qualidade e confiança
“Os meus jogadores têm uma qualidade enorme, seja a jogar em casa ou fora. Será sempre a mesma coisa. É preciso não esquecer que jogamos sempre contra um adversário que nos cria dificuldades. O importante é saber sempre responder a essas dificuldades. O importante é a resposta dos jogadores e eu confio cegamente neles.”



RESUMO DO JOGO